terça-feira, 28 de abril de 2015

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construidos ao longos de sua formação, redija um texto dissertativo argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL SOLUÇÃO OU ILUSÃO?


COMO É HOJE

A maioridade penal aos 18 anos foi estabelecida na legislação brasileira em 1940. A norma foi regulamentada pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), criado em 1990. Com o estatuto, os menores infratores cumprem penas em unidades de internação – como a Fundação Casa, antiga Febem, em São Paulo- , e não no sistema penitenciário comum, e são submetidos, quando possível, a medidas socioeducativas, como advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida. Os menores também não têm os crimes inclusos em sua ficha criminal.
Hoje, pela lei, podem ser internados jovens entre 12 e 18 anos de idade. A permanência máxima em uma unidade de internação é de três anos.

Não há nenhuma lei internacional que estipule a idade penal para adolescentes, o que varia de país para país. A Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança apenas recomenda a definição de uma idade mínima para a imputabilidade penal, sem especificar qual, e a única regra estipulada pela Convenção Americana de Direitos Humanos (1969) e pelo Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos da ONU (1966) é a proibição de condenar um menor de 18 anos à pena de morte.



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 Opinião de um cidadão contra a redução da maioridade penal: 

"O Brasil tem 500 mil trabalhadores na segurança pública e 1,5 milhão na segurança privada para uma população que supera 171 milhões de pessoas. O problema não está só na lei, mas na capacidade para aplicá-la. Sou contra a redução da idade penal porque tenho certeza que ficaremos mais inseguros e mais violentos. Sou contra porque sei que se há possibilidade de sobrevivência e transformação destes adolescentes, está na correta aplicação do ECA. Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que violaram a lei. Agora não podemos esperar que adolescentes sejam capturados pelo crime para, então, querer fazer mau uso da lei. Para fazer o bom uso do ECA é necessário dinheiro, competência e vontade.
Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado. Mas reduzir a idade penal, além de ineficiente para atacar o problema, desqualifica a discussão. Isso é muito comum quando acontecem crimes que chocam a opinião pública, o que não respeita a dor das vítimas e não reflete o tema seriamente."


Receberá zero as redações que apresentarem os seguintes quesitos:

  • O texto definitivo com trinta linhas
  • Redação com sete linhas 
  • A redação que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo
  • Texto que apresentar fuga do tema
  • Redação com copia do texto motivador


quarta-feira, 15 de abril de 2015

EXERCÍCIO SOBRE ESTRUTURAS DO PERÍODO COMPOSTO

EXERCÍCIO SOBRE PERÍODO COMPOSTO
Observe a charge:

1)    Na oração “Acho que exagerei”, a oração subordinada substantiva em destaque completa o sentido do verbo “acho”. Portanto, classifica-se como:
a)    Subjetiva
b)   Objetiva Direta
c)    Objetiva Indireta
d)   Completiva Nominal
e)    Apositiva

Leia esta charge:

2)    No segundo quadrinho, a oração “É bom ir pensando” está reduzida. Sua forma desenvolvida seria “É bom que você vá pensando”. Nesse caso, temos uma oração subordinada substantiva. Sendo assim, classifica-se como:
a)    Subjetiva
b)   Completiva Nominal
c)    Predicativa
d)   Apositiva
e)    Objetiva Indireta

3)    No último quadrinho há uma oração subordinada substantiva: ‘Não se esqueçam de que uma mãe cansada bate com menos força”. Essa oração completa o sentido do verbo “esqueçam”, portanto classifica-se como:
a)    Objetiva direta
b)   Predicativa
c)    Subjetiva
d)   Objetiva Indireta
e)    Completiva Nominal

4)    As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas. Agora leia as orações:

I. Não assisto TV, pois prefiro uma boa leitura.
II. Adoro você e sempre vou adorar, porém não me engane.
III. Fique comigo ou com o mundo.

De acordo com as orações acima, marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso nas afirmativas que seguem. Você é capaz!
(  ) No período I há duas orações coordenadas sindéticas.
(  ) Os três períodos possuem, cada, somente uma oração coordenada assindética.
(  ) No período II há uma oração coordenada sindética aditiva e outra adversativa.

5)    Leia o fragmento:
“Meu dia outrora principiava alegre;
No entanto à noite eu chorava. Hoje mais velho,
Nascem-me em mim dúvida os dias, mas
Findam sagrados, serenamente.”
                                              (Manuel Bandeira)
Nesse fragmento há duas orações coordenadas sindéticas. Pela ordem, elas classificam-se em:
a)    Oração coordenada sindética alternativa e oração coordenada sindética adversativa.
b)   Oração coordenada sindética adversativa e oração coordenada sindética conclusiva.
c)    As duas são orações coordenadas sindéticas adversativas.
d)   Oração coordenada sindética explicativa e oração coordenada sindética explicativa.
e)    Oração coordenada sindética explicativa e oração coordenada sindética adversativa.

6)    Observe o diálogo:

Eduardo – Lúcio, sabe que horas são?
Lúcio – “Só sei que nada sei”!
Eduardo – Intelectual não responde, cita!

Os termos “que nada sei” correspondem a uma oração. Essa oração poderia ser substituída por uma única palavra: isto. Nos dois casos, teria a função de:

a) objeto direto
b) objeto indireto
c) verbo de ligação
d) verbo intransitivo
e) complemento nominal

7) Na frase “As imagens de satélite revelam que quase 40% dessa devastação foi realizada nos últimos vinte anos”, a oração sublinhada pode ser classificada como:

(A) subjetiva
(B) completiva nominal
(C) objetiva indireta
(D) predicativa
(E) objetiva direta

8)    Leia a frase abaixo:
“A verdade é que ele não passava de um impostor.”
Assinale a alternativa cuja oração destacada apresente a mesma classificação sintática da oração destacada acima.

(A) Só resta uma alternativa: encontrar o remédio.
(B) Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar.
(C) Lembre-se de comprar todos os remédios.
(D) Nosso desejo era que ele encontrasse o seu caminho.
(E) Todos querem que você compareça.


9)    Leia:
TRANSAMARGURA
 (...) Idealizada como um dos maiores símbolos da integração nacional, a Transamazônica começou a ser aberta há trinta anos, na condição de carro-chefe do projeto ‘Brasil Grande’, do regime militar. (...). Em sintonia com o discurso ufanista da época, o governo prometia solenemente entregar ‘terra sem homens para homens sem terra’. Mais de um milhão de brasileiros acabaram seduzidos pelas promessas redentoras daquela obra grandiosa, mas a estrada jamais foi construída.
(Isto é, 11/10/2000).
 A expressão “... mas a estrada jamais foi construída”:
a) estabelece uma relação de adição à ideia que a antecede no período.
b) estabelece uma relação de oposição à ideia que a antecede no período.
c) estabelece uma relação de conclusão à ideia que a antecede no período.
d) não estabelece relação alguma, pois independe da ideia que a antecede no período.
e) estabelece uma relação de explicação à ideia que a antecede no período.

Texto para a questão 10:
 Uma pessoa dirige-se a um advogado, o mais caro da cidade: ― Eu sei que o senhor é um advogado caro, mas por mil reais posso lhe fazer duas perguntas? O advogado responde: ―Claro! Qual é a segunda?
 (Donaldo Buchweitz. Piadas para você morrer de rir.)
10)  Na frase: “Eu sei que o senhor é um advogado caro” ocorre:
I.              Uma oração
II.            Duas orações
III.           Período simples
IV.          Período Composto por subordinação
V.           Período Composto por coordenação
Estão corretas:
a) I e II.
b) II e IV.
c) II e V.
d) I e III.
e) IV e V.

GABARITO: 1) B, 2) A, 3) D, 4) (FVV), 5) C, 6) A, 7) E, 8) D, 9) B, 10) B.

ESTRUTURAS DO PERÍODO COMPOSTO - PARTE 1

ESTRUTURAS DO PERÍODO COMPOSTO
O período pode ser composto:
1.      Por Coordenação – Em que as orações são sintaticamente independentes;
2.      Por Subordinação – Em que as orações são sintaticamente dependentes.
3.      Por Coordenação e Subordinação – Que apresenta os dois tipos de oração.

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
Orações coordenadas Assindéticas e Sindéticas

Essas orações são separadas por vírgulas (Assindéticas) ou ligadas por uma conjunção coordenativa (Sindéticas). As orações coordenadas Assindéticas não são ligadas por conjunção.
Veja o exemplo:
O racionamento da água vai infernizar a vida do brasileiro, desacelerar a economia e pode devastar a imagem do governo.
Nesse exemplo, o período apresenta três orações coordenadas. Nota-se que os sujeitos são iguais, mesmo tempo verbal, sequência de ações são características do processo coordenado de significação. Logo, nesse período há duas orações coordenadas assindéticas e uma oração coordenada sindética.

ü  ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
As orações coordenadas sindéticas classificam-se de acordo com a conjunção coordenativa que as inicia e considera as relações lógicas que elas expressam. Dessa forma, há orações Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas e Explicativas.

Ø  ADITIVAS
Expressam noção de acréscimo, de adição, de soma, de enumeração, de sequência de ações. As principais conjunções são: e, nem (e não), não só ... mas também, não só ... como também, ainda, além disso, não apenas ... mas também.
Ex. Ele estuda e trabalha (O.C.S. Aditiva).

Ø  ADVERSATIVAS
Exprimem oposição, contraste, adversidade ou ressalva em relação ao fato anterior. As principais conjunções (elementos coesivos) são: mas, porém, no entanto, entretanto, todavia, não obstante, senão, contudo, apesar disso.
Ex. Ele é bastante rico, mas não paga as dívidas (O.C.S. Adversativa)

Ø  ALTERNATIVAS
Exprimem fatos que se alternam ou se excluem. As principais conjunções são: ou, ou ... ou, ora ... ora, seja ... seja, quer ... quer, já ... já.
Ex. Ou o Brasil acaba com a corrupção, ou a corrupção acaba com o Brasil.
(Ambas orações são O.C.S Alternativa)

Ø  CONCLUSIVAS
Exprimem uma conclusão lógica sobre um raciocínio expresso anteriormente. As principais conjunções são: logo, portanto, por isso, então, pois (depois do verbo), por conseguinte.
Ex. Nós presenciamos o acidente; seremos, pois, chamados para depor. (O.C.S. Conclusiva)

Ø  EXPLICATIVAS
Justificam uma opinião ou fato expresso anteriormente. As principais conjunções são: porque, pois (antes do verbo), que, porquanto.
Ex. Estudei muito, pois quero passar no vestibular. (O. C. S. Explicativa)

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

É formado por orações que exercem uma função sintática em relação a um termo situado na oração principal. De acordo com a função que exercem, as orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
As orações subordinadas substantivas exercem funções próprias de um substantivo. Conforme as funções que exercem, as orações subordinadas substantivas são classificadas como subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas nominais, predicativas e apositivas. Essas orações são introduzidas pelas conjunções integrantes que e se.

ü  ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA
 Exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. E o verbo da oração principal estará sempre na 3º pessoa do singular.
Ex.
É fundamental / que você compareça à reunião.
   O.P                     O.S.S. Subjetiva
Obs. A oração subordinada substantiva pode ser trocada pelo pronome “isso”.
Veja: É fundamental isso ou Isso é fundamental. Assim temos um período simples.
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
Ex. É bom / que você compareça à minha festa.
       O.P             O.S.S. Subjetiva
2- Expressões na voz passiva, como:
Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou provado
Ex. Sabe-se / que Aline não gosta de Pedro.
        O.P           O.S.S. Subjetiva
3- Verbos como:
convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer
Ex. Convém / que não se atrase na entrevista.
        O.P             O.S.S. Subjetiva
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.

Ø  ORAÇAO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA
Exerce função sintática de objeto direto do verbo da oração principal.
Ex. Todos querem / que você seja aprovado no vestibular.
        O.P                    O.S.S. Objetiva Direta

Ø  ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA
Exerce função sintática de objeto indireto do verbo da oração principal. Vem, geralmente, precedida de preposição.
Ex. Lembre-se / de que as descobertas pode trazer grandes benefícios.
       O.P               O.S.S. Objetiva Indireta
Obs. Em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.
Veja: Marta não gosta / que a chamem de senhora.
           O.P                       O.S.S. Objetiva Indireta
Nota-se que o verbo gostar exige preposição, portanto, é um verbo transitivo indireto. (Gosta – gosta de que?)

Ø  ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL
Exerce função sintática de complemento nominal de um nome da oração principal.
Ex. Tenho necessidade / de que você me apoie.
       O.P                              O.S.S. Completiva Nominal
Nota-se que a segunda oração está completando o sentido do substantivo necessidade, e não do verbo.
Observe que as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de um nome (Substantivo, adjetivo ou advérbio). Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.

Ø  ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA
Exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo de ligação. Os principais são ser e estar.
Ex. Meu desejo é / que você seja feliz.
       O.P                    O.S.S. Predicativa

Ø  ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA
Exerce função de aposto, explicando algum termo da oração principal. Geralmente, vêm depois de dois-pontos.
Ex. Só quero uma coisa: / que você volte imediatamente.

       O.P                             O.S.S. Apositiva

sexta-feira, 3 de abril de 2015

TÓPICOS DE LINGUAGEM

TÓPICOS DE LINGUAGEM
Existem em nossa língua algumas palavras e expressões muito comuns, mas que, às vezes, oferecem dúvidas quanto ao seu emprego. Observe a seguir, algumas delas.

ü  ABAIXO / A BAIXO
Abaixo significa em lugar menos elevado, inferior.
Ex. As casas mais abaixo estão ameaçadas pelas enchentes.
       Você foi classificado numa posição abaixo da minha.
A baixo significa para baixo.
Ex. Ela mediu-me de cima a baixo.

ü  ACIMA / A CIMA
Acima significa em lugar mais elevado, superior.
Ex. Veja se o seu nome não está mais acima na lista.
A cima significa para cima.
Ex. Ela mediu-me de baixo a cima.

ü  A CERCA DE / ACERCA DE/ CERCA DE/ HÁ CERCA DE
A cerca de ou cerca de significam aproximadamente, mais ou menos.
Ex. Estávamos a cerca de dois quarteirões do local do crime.
       Cerca de três semanas depois recebi seu convite.
Acerca de é sinônimo de a respeito de.
Ex. Falei acerca da situação econômica do Brasil.
 Há cerca de exprime tempo decorrido, significando faz aproximadamente.
Ex. Ele viajou há cerca de duas horas.
       Reside aqui há cerca de cinco anos.

ü  A FIM / AFIM
A fim integra a locução a fim de, significando com o objetivo de.
Ex. Estou na escola a fim de aprender mais.
      Estou no Emancipa a fim de passar no vestibular.
Afim é adjetivo variável, significando semelhante, que tem afinidade.
Ex. Sempre tivemos ideias afins.

ü  A MENOS DE/ HÁ MENOS DE
A menos de é locução prepositiva. Expressa ideia de tempo futuro ou distância aproximada.
Ex. Estamos a menos de um mês de férias.
       Nossa chácara fica a menos de oito quilômetros da cidade.
Há menos de é a locução menos de com o sentido de aproximadamente, perto de, mais ou menos – e o é o verbo haver empregado impessoalmente com o sentido de fazer.
Ex. Ele saiu há menos de dez minutos.
       Isso ocorreu há menos de cinco anos.

ü  A PRINCÍPIO/ EM PRINCÍPIO / POR PRINCÍPIO
A princípio significa inicialmente, no começo.
Ex. A princípio tudo ia bem, de repente tudo começou a dar errado.
Em princípio significa em tese, antes de tudo.
Ex. Em princípio toda criança tem direito a educação.
Por princípio significa por forte razão, por convicção, em virtude de valores morais.
Ex. Por princípio, ele não aceitava o divórcio.

ü  AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A
Ao encontro de significa a favor de.
Ex. A decisão do governo veio ao encontro de meus anseios.
      Sua decisão vem ao encontro de meus interesses.
De encontro a exprime ideia de oposição, choque.
Ex. Os gestos do jogador foram de encontro aos princípios morais.
       Dirigindo apressadamente, foi de encontro ao muro.

ü  AO INVÉS DE / EM VEZ DE
Ao invés de indica oposição, significando ao contrário de.
Ex. Ao invés de chorar, riu ironicamente.
Em vez de indica substituição, significando em lugar de.
Ex. Em vez de ir para o Japão, foi para a China.
OBS. Havendo dúvida, empregue em vez de, já que essa locução serve para ambas situações.

ü  A PAR / AO PAR
A par significa ciente, bem informado.
Ex. Meu pai já está a par dos acontecimentos.
Ao par só deve ser empregada para indicar equivalência cambial.
Ex. O Brasil já elevou o papel-moeda, deixando o real e o dólar quase ao par.

ü  À TOA
À toa, empregada como locução adverbial de modo, modifica os verbos. Tem o sentido de a esmo, em vão (andar à toa, falar à toa).
Ex. Estava à toa na vida, pois não fazia nada.
À toa, empregada como adjetivo, modifica substantivos. Significa impensado (gesto à toa); inútil (pessoa à toa); desprezível (sujeitinho à toa); insignificante (acontecimento à toa); de vida fácil (pessoa à toa).
Ex. Ele é incapaz de uma boa ação; é um sujeito à toa.

ü  DEMAIS / DE MAIS
Demais é advérbio de intensidade equivalendo a muito, excessivamente ou pronome indefinido correspondendo a os restantes, os outros.
Ex. Aquele homem sempre bebeu demais.
       Os demais atletas deverão se apresentar na próxima semana.
De mais opõe-se a de menos.
Ex. Havia talheres de mais sobre a mesa.

ü  EMBAIXO / EM CIMA
Embaixo é advérbio de lugar e deve ser grafado sempre numa mesma palavra.
Ex. O apartamento embaixo do meu está à venda.
      O ladrão escondeu as joias embaixo do tapete.
Em cima, antônimo de embaixo, deve ser grafado sempre em duas palavras.
Ex. Deixei a gorjeta em cima do balcão.
       A bola parou em cima da risca.

ü  HÁ / A
é a forma do verbo haver, emprega-se em substituição a existe(m) ou faz.
Ex. Será que seres vivos em outros mundos?
       Mandei-lhe uma carta duas semanas.
A é preposição, e emprega-se quando não é possível a substituição por faz; ou artigo definido que serve para definir gênero e número e vem antes de um substantivo.
Ex. Viajaremos daqui a pouco.
      O Palmeiras empatou a dois minutos do final do jogo.
      A chácara fica a três quilômetros da cidade.

ü  MAS / MAIS
Mas é uma conjunção adversativa que indica oposição, contrariedade. Pode ser substituída por porém, todavia, entretanto, contudo.
Ex. Estava chovendo, mas ela foi à praia.
      Corri muito, mas não alcancei o ônibus.
Mais pode ser advérbio de intensidade ou pronome indefinido.
Ex. Ela é a mais bonita das candidatas. (Advérbio)
      Você cometeu mais erros hoje que eu. (Pronome)

ü  MAU / MAL
Mau é adjetivo, antônimo de bom. Refere-se, portanto, a substantivos.
Ex. Escolhemos uma mau momento para viajar.
      Individuo de mau caráter não merece confiança.
Mal pode ser advérbio de modo, antônimo de bem; conjunção subordinativa temporal, sinônimo de assim que, quando; e substantivo, neste caso, deve ser antecedido de artigo ou outro determinante.
Ex. Tudo não passou de um mal-entendido. (Advérbio)
       Mal amanhece, muitos já saem para o trabalho. (Conjunção temporal)
       Esse mal é difícil de curar. (Substantivo)

ü  NENHUM / NEM UM
Nenhum é oposto de algum.
Ex. Nenhum aluno poderá sair sem autorização.
Nem um equivale a nem um só, nem um sequer, nem um único.
Ex. Não tenho nem um centavo no bolso.

ü   ONDE / AONDE
Onde indica permanência, uma ideia estática, o lugar onde se encontra ou ocorre algo. Vem normalmente acompanhados de verbos que indicam estado ou permanência.
Ex. Onde você está?
      Afinal, onde você mora?
      João estava perdido, não sabia onde deixar o documento.
Aonde é a junção da preposição “a” + “onde” e indica ideia de deslocação. Vem normalmente acompanhado de verbos que indicam movimento como ir, chegar, retornar, voltar e outros. Pode trocar por a que lugar, para onde.
Ex. Aonde você está a essa hora?
      Não sei aonde você quer chegar com essas atitudes.
      Há lugares aonde não se deve ir só.

ü  SE NÃO / SENÃO
Se não é a união a conjunção "se" + o advérbio "não" e equivale a caso não.
Ex. Se não chover, iremos à praia amanhã.
Senão equivale a do contrário, mas sim, a não ser.
Ex. Parem de brigar, senão ficaram de castigo.

ü  PORVENTURA / POR VENTURA
Porventura significa acaso, por acaso.
Ex. Porventura é permitido estacionar o carro nesta rua?
Por ventura significa por sorte.
Ex. Por ventura, estamos livres daqueles vizinhos impertinentes.

ü  TAMPOUCO / TÃO POUCO
Tampouco corresponde a também não.
Ex. “Quem não entende um olhar, tampouco pode compreender uma explicação.”
Tão pouco corresponde a muito pouco.
Ex. Trabalho tanto, e ganho tão pouco.

POR QUE / POR QUÊ / PORQUE / PORQUÊ.
            POR QUE (Separado e sem acento): É usado quando se trata de duas palavras –            Preposição POR + Pronome QUE. Assim, temos dois casos:
1.      Quando equivale a PELO QUAL e variações, que nesse caso temos a preposição POR seguida do pronome relativo QUE.
Ex. Este é o ideal por que luto. (Este é o ideal pelo qual luto).
Essa é a profissão por que sempre ansiei. (Essa é a profissão pela qual sempre ansiei).
2.      Quando equivale a POR QUAL RAZÃO ou POR QUAL MOTIVO, que neste caso trata-se da preposição POR seguida do pronome interrogativo QUE.
Ex. Por que seu amigo não veio à festa? (Por qual razão seu amigo não veio à festa?).
Não sei por que ele faltou. (Não sei por qual motivo ele faltou).
POR QUÊ (Separado e com acento): É usado quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Ex. Seu amigo não veio por quê?
Ele não veio, não sei por quê.
Você reclama de tudo, por quê, meu filho.
PORQUE (Junto e sem acento): É usado quando tiver valor de conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.
Ex. Não fui à escola porque estava doente.
      Feche a porta porque está ventando muito.
      Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova.
PORQUÊ (Junto e com acento): É usado quando tiver valor de substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral, ou seja, um determinante.
Ex. Desconheço o porquê de tantas mentiras.
Diga-me um porquê para não fazer o que devo.
porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada.